quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Lucélia recebe Circuito SESC de Artes

Lucélia recebe Circuito SESC de Artes
Nossa Lucélia - 22.10.2008

As atividades acontecerão no pátio da Casa da Cultura (ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA), a partir das 19 horas, exceto o teatro infantil, que será às 10 horas, na Emef. Maria do Carmo de Menezes Mendonça.

Fernanda Crepaldi - Na próxima quinta-feira (30), o município de Lucélia receberá o Circuito Sesc de Artes realizado pelo Sesc-SP em parceria com a Prefeitura, por meio do departamento de Cultura, e apoio do Sincomércio local. As atrações serão gratuitas e contarão com teatro, dança, artes visuais, música, literatura e cinema.

As atividades acontecerão no pátio da Casa da Cultura (antiga estação ferroviária), a partir das 19 horas, exceto o teatro infantil, que será às 10 horas, na Emef. Maria do Carmo de Menezes Mendonça. "Agradecemos ao Sesc de Presidente Prudente e ao Sincomércio de Lucélia por nos apoiarem e nos incluírem no Circuito”, disse Renata Arruda, diretora de Cultura. “Esperamos que a população compareça e prestigiem o evento que trará artistas renomados e grandes espetáculos”.

Em todo o Estado, o Circuito percorre 82 cidades com apresentações variadas, pois, para o Sesc, todas as artes são bem vindas, e por intermédio delas é possível atribuir ou ampliar os significados do mundo.

Artes plásticas, cinema, cultura digital, dança, literatura, música, teatro, a programação afronta o cotidiano, a mesmice, contempla diversidade de idéias e formas de sentir e pensar. No SESC, todos os públicos podem se integrar ao mundo das artes e por meio da diversidade de manifestações construírem novos modos de vida.

PROGRAMAÇÃO

(Dia 30)* EMEF. MARIA DO CARMO DE MENEZES MENDONÇA - 10 horas
Teatro Infantil: Osquindô (Lunática /MG)Uma palhaça, uma cantora e um quarteto de músicos cantam, dançam e brincam no palco com elementos do folclore infantil brasileiro. Montagem que mistura música e teatro. Osquindô utiliza brincadeiras e brinquedos, jogos e canções que todo mundo já ouviu mas que ganham novas cores, ritmos e sabores num delicioso intercambio entre elenco e publico. “Santa Clara, O Sapo, A canoa virou e Lá em casa”, são alguns dos sucessos arranjados pela Super Banda Osquindô. “O grande livro da adivinhação” é um convite da misteriosa madame Jojoaninha para as charadas milenares. “A Hora da Mistura” e “Assombração do Brasil” também são parte desse show. Duração 50 min. Livre.

* CASA DA CULTURA (ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA) – a partir das 19 horas

Dança: Intersecções (Cia. Damas em Trânsito e os Bucaneiros /SP)
Aproveitando os detalhes da arquitetura, passagens, luz e sons característicos do fluxo cotidiano os dançarinos transformam esses estímulos em uma poética do espaço causando a concentração e diluição do foco do publico, mudando-o constantemente, chamando a atenção para ângulos inusitados e possibilitando ao espectador a abrir novos olhares para a arquitetura transformando a dinâmica cotidiana.
Duração 30 min. Livre.

Artes Visuais: Risco
Publicação cujo formato resgata a idéia de “galeria arte volante”. Em suas páginas circulam trabalhos de arte contemporânea de dez artistas entre eles: Apo Fousek, Antonio Bokel, Sesper, Rita Wainer, Wagner Pinto, Onesto e Mulheres Barbadas, sem intervenção ou mediação da palavra. A imagem pela imagem, o traço pelo traço, o risco pelo risco. Curadoria: José Aluísio Guimarães (Rojo São Paulo).

Música: Chico César (Paraíba)
O cantor e compositor apresenta um show com o espírito das duas principais festas populares nordestinas (o carnaval e os festejos juntos) e baseado nos seus ritmos: o frevo e o forró. Apresenta também as misturas que podem ser feitas com outros ritmos como o xote e o reggae ou o frevo e o arrasta pé. Com o frevo especialmente o cantor junta a linguagem das orquestras de metais de Pernambuco com a guitarra baiana dos trios elétricos de Salvador nos anos 70, em que a folia estava sob o comando de Dodô e Osmar. Um show para levantar a poeira e o astral, inspirado no saudável estado de espírito com o qual o povo nordestino encara e faz suas festas.

Teatro: O Pregoeiro (Marcio Libar/RJ)
Espetáculo solo, que se resume no tripé ator, palco e platéia. Contando com sua experiência como artista de rua, Márcio conta de forma documental sua busca pelo reconhecimento da mídia, da crítica especializada e pelo amor de seu público. O percurso que vai do sonho em se tornar um ídolo pop da black music, o leva a se conformar na situação de um ator de teatro. Assim nosso aspirante a ídolo realiza, sem sucesso, diversos números de habilidades, tentativas frustradas para conquistar o público, até que se reconhece no papel de palhaço.Márcio Libar é idealizador e fundador do grupo Teatro de Anônimo (1986) e do evento Anjos do Picadeiro-Encontro Internacional de Palhaços (1996). Fundou seu projeto Mundo ao Contrário no ano de 2001.

Literatura: Na Tábua
Exposição de dez tábuas que aliam literatura e ilustrações. Criada pelo escrito Paulo Scott e pelo ilustrador Fábio Zimbres, a exposição itinerante ocupa do espaço público para divulgar a prosa, a poesia num diálogo com a imagem. Textos de Paulo Scott inspirados nas ilustrações dos artistas convidados (Jaca, Laerte, Allan Sieber, Caco Galhardo e Daniel Bueno) e desenhos de Fábio Zimbres ilustram textos dos autores convidados (Antônio Cícero, João Anzanello Carrascoza, Marçal Aquino, Joca Reiners Terron e João Paulo Cuenca).

Cinema: Curta na Praça
A sessão exibe dez curtas-metragens destacados pela audiência, através de votação realizada nas sessões do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo de 2008. São cinco ficções, duas animações e três documentários que representam cinco Estados do Brasil e trazem uma grande diversidade de temática, formato e gêneros.

fonte: www.geocities.com/nossalucelia

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Prêmio Manoel Lyra – Festival Estadual de Teatro – 5ª Edição.



Estas são as sinopses dos espetáculos que serão apresentados na Categoria Teatro para Jovens e Adultos, no Teatro Municipal, durante a realização do Prêmio Manoel Lyra – Festival Estadual de Teatro – 5ª Edição.

Ratifico que estão abertas as inscrições para os que desejam fazer parte do Júri Popular.

Basta manifestar seu interesse através do e-mail:
teatro.cultura@santabarbara.sp.gov.br

Por favor, ajude-nos a divulgar esse evento repassando informações a respeito do Festival aos seus contatos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Batuque é batuque mesmo.



PLURICULTURAL PRODUCÕES APRESENTA


Dia 20/06 às 22hs

Bar MAIS BRASIL - Mogi das Cruzes

Musicos Percussão Memeu Cabral

Acordeon Inalda

Informações e Reservas (11) 4791.1956

PROGRAMA MÓBILE

TV CULTURA

Dia 25/06

às 22:30hs

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Santa Bárbara em Cena: 'Cinderela' abre a 4ª Mostra Municipal de Teatro

O espetáculo Cinderela, da Cia de Teatro Ello d´Arte, vai abrir a 4ª Mostra Municipal de Teatro “Santa Bárbara em Cena” que começa nesta sexta-feira (9), às 20h, no Teatro Municipal Manoel Lyra. Na tradução e adaptação de Maria Clara Machado, Cinderela é Dulcinéia, filha de Dom Perseguidino Borralheira. Com a morte do pai, Dulcinéia, é rejeitada pela madrasta, a perversa Dona Fermina, que juntamente com suas filhas, as desengonçadas Rosinha e Margaridinha, tratam Dulcinéia como uma serviçal da casa, que a tudo tem que atendê-las.

Rosinha e Margaridinha são cortejadas pelo roceiro João Jaca e pelo açougueiro Simão Leitão. Mas Dona Fermina almeja para suas filhas um futuro melhor. Quem sabe um “nobre” de sangue azul. O sonho de Dona Fermina parece começar a se realizar com a chegada do príncipe espanhol Dom Tinhorão de Garcia Macedo Y Peres.

A direção e produção são de Marcos Verennguer. O elenco é composto por Jéssica Enara Vian (Cinderela), Ricardh Zucateli de Oliveira (Príncipe), Vinícius Almeida Santos (Ministr), Pâmela Fragoso (Dona Fermina), Carolina Penatti (Rosinha), Franciellen Cavalcante (Margaridinha), Alan Pinheiro (Simão Leitão), Wellington Aleixo (João Jaca), Fabrício Renan (Narrador / Livreiro), Larissa Risso (Fada), André Pinheiro (Arauto) e André Pinheiro (Dr. Morangui).

Os ingressos para a 4ª edição da Mostra Municipal de Teatro “Santa Bárbara em Cena” já estão sendo vendidos na bilheteria do Teatro Municipal por R$ 3,00 antecipadamente. Na hora do espetáculo, os interessados vão pagar R$ 5,00 pelo ingresso.


Fonte: http://www.culturadesantabarbara.com.br

Oficina de iniciação teatral 'Teatrando' recebe inscrições

Santa Bárbara d'Oeste.
O Município, através da Secretaria de Cultura e Turismo, está oferecendo mais uma oficina cultural aos interessados na iniciação teatral. É o Teatrando, que forma a 4ª turma este ano, em parceria com a Cia de Teatro Xekmat. A oficina será realizada no Centro Cultural Léo Sallum, na Zona Leste, aos sábados das 13h30 às 15h30.

Os interessados devem ter no mínimo 12 anos e podem se inscrever gratuitamente até 16 de maio, no Centro Cultural, na Rua do Algodão, nº 1.450, na Cidade Nova, ou pelo telefone 3457-4628.

A oficina tem início no sábado (17) e serão trabalhados a expressão corporal, dicção, socialização, postura em palco, linguagem teatral, contato com sonoplastia, com figurino e cenografia, montagem de um espetáculo teatral, além do contato com texto teatral (autores e obras). O encerramento será realizado no dia 31 de julho, com a apresentação de espetáculo e entrega de certificados, no Teatro Municipal Manoel Lyra.

Fonte: http://www.culturadesantabarbara.com.br

quarta-feira, 16 de abril de 2008


Município de Santa Bárbara d’Oeste convida para mais uma apresentação do Projeto Circuito Cultural Paulista, o PROJETO CRÚ (A música manifestada através da diversidade de timbres que soam da bateria, da percussão, do contrabaixo acústico e elétrico. Tem seu ponto central na mistura rítmica e na diversidade de referências musicais), às 20h30min, domingo, dia 20 de abril de 2008, no Teatro Municipal Manoel Lyra, Rua João XXIII n. 61 – Centro. A entrada é franca e os convites podem ser retirados no local meia hora antes do espetáculo. Uma realização da Secretaria de Estado da Cultura com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.


José Benedito Varela

Secretário de Cultura e Turismo

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Circuito Cultural Paulista em SBO




Circuito Cultural Paulista começa na próxima semana em S. Bárbara


A partir da próxima semana, dia 9 de março, domingo, os barbarenses poderão conferir no Teatro Municipal “Manoel Lyra” os espetáculos do Circuito Cultural Paulista, oferecido pela Secretaria de Estado da Cultura. São mais de 700 espetáculos levados a 50 cidades do interior e litoral paulista. Para o secretário de Cultura do município, José Benedito Varela, este é “um evento pioneiro, de extrema importância por levar eventos culturais para todo o estado”. Ele ressalta que o circuito dá a oportunidade de escoar uma produção que sem tal incentivo ficaria restrita à cidade de São Paulo.As apresentações contemplam as mais diversas expressões artísticas como música, dança, teatro e circo, além de atividades em bibliotecas e projeções de filmes em alguns municípios que não possuem salas de exibição. As cidades envolvidas no projeto receberão, pelo menos, um evento cultural por mês, para gerar uma programação regular e estimular o interesse e a formação de público.


Em Santa Bárbara d’Oeste a programação se estende pelos meses de março e abril. No dia 9 de março, às 20h30, a cidade confere o espetáculo de dança Corpos de Luz da Cia Dança Vida. No dia 23 de março, também às 20h30, é a vez de Ná Ozzetti apresentar sua música. O Circo Teatro Susy traz a magia circense para os palcos da cidade, no dia 6 de abril. Já no dia 20 de abril o Projeto Cru traz mais um espetáculo musical. Todas as apresentações são gratuitas. Os convites precisam ser retirados com 30 minutos de antecedência, na bilheteria do teatro.
Mesmo com o caráter mais “refinado” dos espetáculos, que fogem do circuito comercial, a expectativa do secretário é de que a população se interesse pelas apresentações oferecidas. “Afinal de contas é gratuito e pretendemos fazer uma grande divulgação para isso”, diz. A idéia, também, é de que a cidade se torne uma espécie de pólo cultural, enquanto durarem os espetáculos, e atraia pessoas de toda a região para o Teatro Municipal.


O projeto é realizado através da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural (UFDPC), em parceria com as prefeituras dos municípios. O Circuito Cultural Paulista tem como objetivo possibilitar a circulação de espetáculos culturais por todo o Estado e a democratização do acesso à cultura. Na região de Campinas as cidades contempladas são: Atibaia, Brotas, Itapira, Itatiba, Rio Claro e Santa Bárbara d´Oeste.


“O projeto foi baseado na estrutura que cada cidade tem. Após serem analisados vários itens técnicos recebemos o André Sturm, que é o coordenador da UFDPC, no ano passado. Ele conheceu o teatro, nossas praças e resolveu nos prestigiar”, conta Varela.O Circuito Cultural Paulista é a ampliação do projeto piloto Curto-Circuito, desenvolvido em 2007, em dez cidades do Estado, com um total de 38 apresentações de 16 artistas durante 54 dias. O investimento total neste ano é de R$ 4,5 milhões. “Para trazer produções deste porte, precisaríamos pagar o cachê e em outra ocasião, não teríamos condições”, completa o secretário.

Fonte: http://www.diariosbo.com.br/
Fotos: José Roberto Bueno – MTB 27895

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

CANTORIA EM SÃO PAULO

CANTORIA EM SÃO PAULO


Espaço Club da Cana
Dia 05/04 sábado
TRIBUTO A CANTORIA
COM HOMENAGEM A ELOMAR


Com o cantador
Dell Miranda


Uma noite de voz e violão em que o artista apresentará suas composições com pesquisas da cultura popular nordestina, e uma releitura com versões de clássicos do estilo Cantoria, movimento da musica brasileira que fez história com figuras como: Dércio Marques, Xangai, Geral Azevedo, Zezinho Colares, Augusto Jatobá, Edgar Mão Branca, Vital Farias entre outros. O artista ainda fará um passeio pelos cocos de Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e ritmos do folclore brasileiro.



Uma noite de voz e violão em que o artista apresentará suas composições com pesquisas da cultura popular nordestina, e uma releitura com versões de clássicos do estilo Cantoria, movimento da musica brasileira que fez história com figuras como: Dércio Marques, Xangai, Geral Azevedo, Zezinho Colares, Augusto Jatobá, Edgar Mão Branca, Vital Farias entre outros. O artista ainda fará um passeio pelos cocos de Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e ritmos do folclore brasileiro.




DELL MIRANDA EM TRIBUTO A CANTORIA COM HOMENAGEM A ELOMAR

Local: CLUBE DA CANA

Endereço: Rua Barão de Tatuí, 274, Santa Cecília, São Paulo

Reservas e informações: (11) 3663.1171

Dia 05/04 sábado às 20h30min

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Violeiro e cantor Wilson Teixeira

wilson Teixeira





http://www.youtube.com/watch?v=wjYK4TKEBV4


Wilson Teixeira
Por Fernando Franco

Filho de Avaré, interior de São Paulo, na estrada desde os 17 anos e legítimo representante da verdadeira música regional brasileira, Wilsinho, como é carinhosamente conhecido, fez o lançamento oficial do seu primeiro CD, intitulado “Almanaque Rural”, no dia 27 de agosto de 2007, em noite com casa cheia no palco intimista do Teatro Crowne Hall Plaza, na Sala Yara Amaral, em São Paulo. Com o acompanhamento da banda Firme na Paçoca, formada por Renato Delírio (bateria e percussão), Ricardo Cabelo (violão aço 6 cordas), Vinícius bini (contrabaixo elétrico) e Caio Andrade (slide e cavaquinho), Wilsinho fez um show marcado pelo sentimento, belas canções e a presença de amigos, familiares e da imprensa. Homenageado pela Estância Turística de Avaré, Wilsinho abre no dia 20 de setembro a Feira Avareense de Música Popular – Fampop, que tem Zélia Duncan, Wandi Doratiotto, Zeca Baleiro, Guilherme Arantes e Os Trovadores Urbanos como principais atrações. Confira como pensa esse talento avareense das 10 cordas na entrevista exclusiva ao jornalista Fernando Franco, de Avaré.

Fernando Franco – Como foi a gestação do “Almanaque Rural” ?
Wilsinho Teixeira – O disco teve praticamente três anos de produção. Iniciei as gravações em janeiro 2004 e a finalização aconteceu em janeiro de 2007. Pra mim foi uma experiência incrível, pois esse é o primeiro disco que produzo. Fiz os arranjos, convidei os músicos, enfim, toda a concepção do trabalho é “culpa” minha (risos).
FF – É um disco conceitual ?
WT – Com certeza. Existe um eixo norteador. O título do CD veio a partir das músicas que eu já tinha. Então, tudo está interligado, ou seja, a música, o título do trabalho e a concepção.
FF – Por que o nome “Almanaque Rural” ?
WT – Trabalho de uma maneira muito intuitiva com as letras e os arranjos. Muitas vezes, não sei o porque escrevo certas palavras, frases e mesmo trechos de músicas. Há tempos fiz uma música que contém muitas imagens e recortes de imagens. Essa música chamava-se “Mistura fina”, que acabou sendo rebatizada de “Almanaque Rural”. No entanto, ela acabou não entrando no CD, mas deu nome ao disco e deve estar no próximo trabalho.

FF – Fale um pouco dos parceiros neste primeiro CD.
WT – É muito difícil encontrarmos pessoas para fazer parcerias musicais. É uma química que rola ou não. No meu caso, como sei muito bem o caminho que quero trilhar, tenho que ter muita liberdade com o compositor ou letrista. Então, os poucos parceiros que tenho, são parceiros que aceitam esse meu controle sobre a música. Por exemplo, a música “Trem de verão”, parceria com Adilson Casado, é o resultado de um longo bate-bola até chegarmos na música final. Participam do CD, como parceiros, Salatiel Silva, Reinaldo Luz, Juca Novaes, Adilson Casado e meu pai, o jornalista Wilson Ogunhê.

FF – Como músicos convidados há grandes nomes no CD “Almanaque Rural”. Como isso foi possível?
WT – Tive a alegria e a honra de ter como músicos convidados no meu primeiro CD Tuco Marcondes, Sizão Machado, Toninho Ferragutti, Priscila Brigante, Mauricio Lourenço, Teco Cardoso, Robson Fernandes, Vlad Carvalho, Oswaldinho, Vinicius Binny e Douglas Alonso. São excelentes músicos e amigos de verdade. Eles estão na estrada há muito tempo e são experientes.

FF – Antes de iniciar carreira solo, com quem você tocava ?
WT – Fiquei, durante seis anos, tocando piano e violão com a banda “Os Binnys”, na noite de São Paulo, quando conheci e pude conviver com o baixista Vinicius Bini e muitos outros músicos da noite paulistana.

FF – Percebe-se na sua música nítidas influências do violeiro Almir Sater, Rolando Boldrin, Renato Teixeira, Pena Branca & Xavantinho, Tião Carreiro & Pardinho, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Lenine, Zeca Baleiro, e outros nomes da música brasileira, além de representantes do violo folk americano como Simon and Garfunkel, James Taylor, Cat Stevens, etc. Fale de suas influências.
WT – Acho que todos esses músicos misturam a música caipira com música urbana. No meu caso, acredito que eu pego o que eles já fizeram e misturo isso com as minhas influências. Ou seja, é como pegar a síntese que eles já fizeram entre a música rural e urbana e fundir novamente com outras referências, minhas principais influências, livros, discos e experiências. Meu trabalho tem agradado tanto quem gosta de música popular brasileira (MPB) quanto quem gosta de música caipira.

FF – Como a viola caipira apareceu na sua vida ?
WT – Quando conheci a jovem dupla caipira Otávio Augusto & Gabriel fiquei fascinado pelo som da viola, pois um deles é violeiro. Tive, então, o primeiro contato com o som da viola caipira e disse para mim mesmo: caramba... Bem, isso foi lá pelos idos de 2001...

FF – Foi uma espécie de volta as origens ?
WT – Sim. Acredito que essa aproximação teve a ver com a busca das minhas raízes. Quando vim para São Paulo, comecei a olhar mais para minha cidade natal, minha terra, minhas origens mesmo. Daí, isso me fez decidir pela viola. Lembro que o Alceu Valença falou que ele só se decidiu pela música que faz hoje depois de morar um período na França, ou seja, a distância, a saudade e a necessidade de cantar as coisas de sua terra e passar uma verdade nisso, foi que forçou ele ser o que é hoje.

FF – Eu ouvi uma música nova sua através do músico Eduardinho Teixeira (Avaré/SP) e de sua mãe Zezé e gostei da intenção. Como está o trabalho para o segundo CD?
WT – Essa música a qual você se refere é “Rei da alegria”, parceria minha e de Evandro Campeon, compositor pernambucano. É uma música que eu gosto muito e tem influência direta do xote, com pitada de folk e blues. Por outro lado, o xote tem um toque do reggae. Então, o segundo disco já está a caminho. Tenho pelo menos seis novas canções prontas, mas ainda não tenho o título do trabalho. Tenho que pensar na concepção, pois não é apenas juntar as músicas...
FF – As músicas “Saga” e “Terra do verde, da água e do sol”, do seu primeiro CD, chamam muito a atenção pela força e lirismo da poesia. Parece que você continua em plena busca pelo som definitivo. É uma espécie de metapoesia musical? Fale sobre isso.
WT – Tanto “Saga” e “Terra do verde...” tem uma coisa de quem está em trânsito, procurando mesmo alguma coisa. Minha música é, antes de mais nada, uma pergunta. Faço música porque eu não sei. Faço música buscando um caminho, ou seja, qual o verdadeiro sentido de se fazer música.




sábado, 12 de janeiro de 2008

Agenda Cláudio Lacerda


Agenda


Janeiro
10 - Rio de Janeiro / RJ

evento fechado


25 - TV Aparecida (36 UHF) - Programa "Espaço Vida"

07, 12:30 e 17hs



26 - São Francisco Xavier / SP - Photozofia

21 hs -

reservas (12) 3926-1406


Biografia
Dedicado, desde 2000, à pesquisa e composição de músicas regionais, Cláudio Lacerda é um dos talentos mais promissores desse gênero que já produziu reconhecidos nomes como Renato Teixeira, Almir Sater, Paulo Simões e outros.


Descendente de mineiros, Cláudio sempre esteve ligado por influência familiar à música regional, elo reforçado no período em que realizou sua graduação em zootecnia, em Botucatu, SP, região conhecida como um dos berços da música caipira paulista (de lá saíram Raul Torres, Angelino de Oliveira e Serrinha).


A carreira solo se efetivou com o CD "Alma Lavada", produção independente de 2003, distribuído pela Tratore, cujo lançamento se deu no Theatro São Pedro, na cidade de São Paulo. Em 2004, Cláudio venceu o I Prêmio Nacional de Excelência da Viola Caipira, na categoria de melhor intérprete – iniciativa da Revista Viola Caipira, de Belo Horizonte / MG. Neste mesmo ano, realizou uma série de quatro shows no Teatro Crowne Plaza, em São Paulo, com participações especiais de Paulo Simões, Alzira e Tetê Espíndola, Miriam Mirah e Zé Paulo Medeiros.


Em 2005, participou do projeto "Prata da Casa" e do "Amostra Prata da Casa" com os melhores do semestre, promovido pelo Sesc Pompéia, em São Paulo. Ainda em 2005, estreou o show "Alma Caipira", uma homenagem aos grandes compositores do gênero e ponto de partida para um projeto maior, que resultará na pesquisa e edição de um livro-almanaque sobre a história da música caipira e um DVD de entrevistas com alguns daqueles que a fizeram. Para esse projeto, Cláudio conta com a parceria do escritor, pesquisador e jornalista Luís André do Prado, autor de "Cacilda Becker – Fúria Santa".


Em 2006 integrou a lista de artistas selecionados para a Pauta Funarte de Música Brasileira, projeto promovido pelo Ministério da Cultura. Gravou também neste ano, seu segundo CD, o independente “Alma Caipira”, cujo lançamento se deu em maio de 2007 no Teatro do Sesc Pompéia, com participação especial de Pena Branca. O CD chamou a atenção de críticos especializados e ganhou matéria de capa do caderno de cultura do jornal “O Estado de São Paulo”, assinada por Lauro Lisboa Garcia. Dentre alguns programas de televisão que receberam Cláudio para a divulgação de seu novo CD se destacam: “Sr. Brasil” com Rolando Boldrin e “Viola minha viola” com Inezita Barroso - ambos na TV Cultura - e “Hebe” com Hebe Camargo no SBT.


fonte: http://www.claudiolacerda.com.br/

CANTORIA EM SÃO PAULO


CANTORIA EM SÃO PAULO

A Pluricultural e o espeço Clube da Cana estão promovendo neste sabado dia 12/01 o "TRIBUTO A CANTORIA COM HOMENAGEM AO ELOMAR" com o cantador Dell Miranda e convidados.


Uma noite de voz e violão em que o artista apresentará além de suas composições, fará uma releitura desse importante movimento da musica brasileira, executando versões de classicos do estilo Cantoria e de cantadores como Dercio Marques, Xangay, Geral Azevedo, Zezinho Colares, Jatobá, Edigar Mão Branca entre outros. O artista ainda fará um passeio pelos cocos de Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e ritmos do folclore brasileiro.


Na abertura será feita uma homenagem ao grande mestre Elomar em um modulo todo dedicado a esse que é um dos mais importantes artistas brasilieros. Serão executadas versões de musicas como Campo Branco, Canto do Guerreiro Mongoió, Arrumação, Curvas do Rio, O Violeiro e outras perolas do mestre.


DELL MIRANDA EM

"TRIBUTO A CANTORIA COM HOMENAGEM AO ELOMAR"

Local: CLUBE DA CANA

Endereço: Rua Barão de Tatuí, 274, Santa Cecília, São Paulo

Reservas e informações: (11) 3663.1171

Dia 12/01 sabado às 20:30


DELL MIRANDA


Sergipano de Aracaju, cidade inserida em um território rico em cultura popular, berço de importantes folguedos que compõe o cenário da arte brasileira, terra de Arthur Bispo do Rosário, Santo Souza, Silvio Romero, entre outros ilustres que assim como esses, fizeram arte através da cultura popular, está também à figura de Wendell da Silva Miranda ou apenas Dell Miranda, cantador que construiu sua identidade na raiz do que seus olhos de criança viram a vida inteira: folguedos, repentes, cocos, quadrilhas juninas, excelências, pífanos, cordel e viola.


Com a proposta de renovar a musicalidade dita regional em suas varias vertentes, uma vez que suas influencias transitam por diversos sons e ritmos, entre eles estão presentes também o blues, o rock e a soul music, o que torna o trabalho produzido por esse artista, pluricultural, permitindo apenas um rotulo: eclético.


Temáticas regionais, essa é a principal base de sua identidade musical em especial e à frente de todas elas está o Coco, a grande arte de inverter o tempo dentro do mesmo ritmo, quebrar a frase, esticar uma palavra e encurtar outra e no final chegar na hora certa sem perder o tempo, isso é coco.


Dell Miranda, ex-guitarrista da banda Karne Krua, integrante do quarteto de cantoria “Cantadores dos Quatro Cantos”, fundador da banda Batequejé, produtor cultural, violonista, compositor, pesquisador da cultura popular, definitivamente artista.




ELOMAR

por Vinicius de Moraes.


"A mim me parece um disparate que exista mar em seu nome, porque um nada tem a ver com o outro, No dia em que "o sertão virar mar", como na cantiga, minha impressão é que Elomar vai juntar seus bodes, de que tem uma grande criação em sua fazenda "Duas Passagens", entre as serras da Sussuarana e da Prata, em plena caatinga baiana, e os irá tangendo até encontrar novas terras áridas, onde sobrevivam apenas os bichos e as plantas que, como ele, não precisam de umidade para viver; e ali fincar novos marcos e ficar em paz entre suas amigas as cascavéis e as tarântulas, compondo ao violão suas lindas baladas e mirando sua plantação particular de estrelas que, no ar enxuto e rigoroso, vão se desdobrando à medida que o olhar se acomoda ao céu, até penetrar novas fazendas celestes além, sempre além, no infinito latifúndio.


Pois assim é Elomar Figueira de Melo: um príncipe da caatinga, que o mantém desidratado como um couro bem curtido, em seus 34 anos de vida e muitos séculos de cultura musical, nisso que suas composições são uma sábia mistura do romanceiro medieval, tal como era praticado pelos reis-cavalheiros e menestréis errantes e que culminou na época de Elizabeth, da Inglaterra; e do cancioneiro do Nordeste, com suas toadas em terças plangentes e suas canções de cordel, que trazem logo à mente os brancos e planos caminhos desolados do sertão, no fim extremo dos quais reponta de repente um cego cantador com os olhos comidos de glaucoma e guiado por um menino - anjo a cantar façanhas de antigos cangaceiros ou "causos" escabrosos de paixões espúrias sob o sol assassino do agreste.


Elomar nasceu em Vitória da Conquista, cidade que também deu vez a Glauber Rocha e Zu Campos, e depois de formar-se em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, ocupa atualmente o cargo de Diretor de Urbanismo em sua cidade. Mas do que gosta realmente é de sua caatingueira, uma das mais ásperas do sertão brasileiro, onde cria bodes e carneiros. Já me foi contado que um de seus reprodutores, o famoso bode "Francisco Orellana", quando a umidade do ar apresenta seus índices mais baixos - que usualmente é 10 graus - senta-se em posição estratégica sobre as patas traseiras e não se peja de urinar na própria boca, de modo a aproveitar, num instintivo e engenhoso recurso ecológico, a própria água do corpo para dessedentar-se


E tem a onça. Vez por outra, a madrugada restitui a carcaça sangrenta de um bode ou um carneiro, e todas as preocupações cessam, a não ser chumbar a bicha. E a conversa entre os fazendeiros fica sendo apenas essa: onça, suas manias, suas manhas, seus pontos fracos.


Todo mundo se oncifica. Elomar sai à noite para tocaiá-la, e quando a avista só atira nela de frente.- Um bicho que vem de tão longe para matar meus bodes, esse eu respeito! - diz ele em seu sotaque matuto (apesar da boa cultura geral que tem) e que faz questão de não perder por nada, enojado que está da nossa suposta civilização.


Quando lhe manifestei desejo de passar uns dias em sua companhia e de sua família (Elomar é casado e tem um par de filhos, sendo que a menina tem o lindo nome de Rosa Duprado) para descobrir, em sua companhia e ao som do excelente violão que toca, essas estrelas reconditas que já não se consegue mais ver nos nossos céus poluídos, Elomar me disse:- Pode vir quando quiser. Deixe só eu ajeitar a casa, que não está boa, e afastar um pouco dali minhas cascavéis e minhas tarântulas...


É... Quem sabe não vai ser lá, no barato das galáxias e da música de Elomar, que eu vou acabar amarrando um bode definitivo e ficar curtindo uma de pastor de estrelas..."


Vinícius de Moraes

Abril de 1973